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Grupo vende cinco parques eólicos no Ceará

Por em 15/11/2011
Grupo vende cinco parques eólicos no Ceará

Empresa indiana vende os parques eólicos em construção no município de Trairi (CE) por R$ 540 milhões. O comprador foi o consórcio formado por Fundo de Investimento do Banco do Brasil-Grupo Votorantim Energia Sustentável e Enerplan (RS)

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A divisão brasileira da companhia indiana Suzlon, quinta maior fabricante de aerogeradores do mundo, vendeu seus cinco parques eólicos que estão em construção no município de Trairi (a 24,5 quilômetros de Fortaleza). O negócio, de R$ 540 milhões, foi fechado entre a Suzlon e Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura (FIP) IE BB (Banco do Brasil) Votorantim Energia Sustentável e para Enerplan, empresa de energia do grupo gaúcho Oleoplan, segundo informações do Valor Econômico.

A operação, concluída na sexta-feira (9), foi estruturada pelo Banco Pine. O FIP IE BB Votorantim Energia Sustentável vai ficar com 60% do projeto e o grupo gaúcho com os 40% restantes. Os cinco parques têm capacidade para produzir 136,5 megawatts (MW) que foram contratados no leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 2009, para início do fornecimento em 2013.

Com este negócio, a Votorantim ingressa no mercado de energia eólica em parceria com o FIP/BB, já que, atualmente, o braço energético da companhia só compreende energia oriunda de hidrelétricas e de cogeração.

Adão Linhares, presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica, acha interessante a transferência feita pela Suzlon, pois, segundo ele, a empresa indiana está se posicionando como fabricante e fornecedora de equipamentos. Esta, inclusive, deverá ser a participação da empresa, já que se mantém no projeto como fornecedora dos equipamentos.

Com relação a possíveis atrasos, Linhares diz que segundo a Aneel, todos os projetos eólicos em território cearense estão dentro do cronograma. “Acredito que este seja o caso dos parques eólicos de Trairi. Não acredito que um grupo como o Votorantim tenha assumido esses parques sem que estejam dentro do prazo. Um atraso no início do fornecimento de energia, conforme contratado, gera multas enormes que poderiam até inviabilizar todo o projeto”.

Linhares também ressalta que se isso (atraso) ocorresse, poderia até mesmo impedir que a empresa (ou o grupo) voltasse a investir em outros projetos similares no País.

Silêncio

O POVO entrou em contato com o presidente da Suzlon no Brasil, Arthur Lavieri, mas ele disse que não se manifestaria sobre o assunto. Argumentou, apenas, que a assessoria de comunicação da empresa estaria elaborando um press-release a ser divulgado à imprensa até o final desta semana.

O diretor de operações estruturadas do banco Pine, Orestes Gonçalves Júnior, diz que a entrada de companhias novas no setor de energia é bem-vinda, uma vez que os atuais investidores são tradicionais nesse mercado e que o banco já atua como adviser em operações de fusões e aquisições no setor de infraestrutura.

Quem

ENTENDA A NOTÍCIA

No Brasil, a Suzlon mantém operações desde 2006 e hoje é um dos principais fornecedores de turbinas eólicas do País. A empresa tem instalada 185 turbinas em 11 projetos de exploração. O potencial eólico a ser instalado no País é estimado em 7 mil megawatts (MW)

Números

540
milhões de reais é o valor da transferência para consórcio entre Fundo de Investimentos do BB/Votorantim e Enerplan

60%
do controle dos parques ficará com o consórcio formado pelo FIP BB/Votorantim e o restante com grupo gaúcho

136,5
megawatts será a capacidade de produção dos parques eólicos, em Trairi, que foi contratada no leilão de 2009.

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