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Bateria à prova de balas não explode

Por em 09/02/2015
Bateria à prova de balas não explode

Bateria à prova de balas não explode

Membrana à prova de balas evita que baterias explodam
A membrana anti-curto-circuito é feita do mesmo material usado em coletas à prova de bala. [Imagem: Joseph Xu/Universidade de Michigan]

Membrana de Kevlar

Histórias de notebooks e celulares que explodem ou pegam fogo por problemas em suas baterias têm diminuído, mas ainda preocupam.

Prejuízo maior ocorreu quando todos os aviões Boeing 787 Dreamliners - o moderníssimo "avião de plástico" - foram impedidos de voar em 2013 até que suas baterias fossem consideradas seguras.

Por essas e outras - carros elétricos inclusive - está chamando a atenção uma inovação realizada por Siu-On Tung e seus colegas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

Tung usou Kevlar, um material usado em coletes à prova de balas, para criar uma barreira entre os eletrodos das baterias de lítio.

Essa barreira ultraforte impede o crescimento dos minúsculos "tentáculos" metálicos que se formam com o uso da bateria, e que, em condições extremas, geram os curto-circuitos que fazem com que a bateria pegue fogo ou mesmo exploda.

Membrana isolante

A equipe chamou sua criação de "bateria à prova de balas", o que evidentemente não é correto, por mais significativo que seja o desenvolvimento - bateria à prova de curto-circuitos seria uma alegação mais razoável, mas que ainda terá que ser demonstrada nos chamados "testes de tortura".

"Ao contrário de outros materiais ultrafortes, como os nanotubos de carbono, o Kevlar é um isolante. Essa propriedade é perfeita para separadores que devem prevenir curto-circuitos entre os eletrodos," resumiu o professor Nicholas Kotov, que entende do assunto: sua equipe já havia criado um plástico transparente tão resistente quanto o aço.

Enquanto os poros das membranas atualmente usadas nas baterias de lítio têm dimensões na faixa das centenas de nanômetros, os poros da nova membrana têm entre 15 e 20 nanômetros, pequenas o suficiente para deixar passar os átomos de lítio, mas grandes o bastante para impedir que as "raízes metálicas" - as estruturas tecnicamente chamadas dendrímeros - passem e causem um curto-circuito.

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